segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sobre como me tornei um Dinossauro .4

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É sexta-feira à noite e eu caminho. Ou quase isso. Trafego da melhor maneira que posso do lado de dentro do passeio. Caminho lentamete, estudando cada passo, pois sei que é perigoso andar imprudentemente no meu atual estado. Eu estou naquele passeio caminhando, mas estou totalmente fora de mim. Meu nariz não para de sangrar, e, agora que reparei melhor, estou mancando um pouco, pois minha perna esquerda dói terrivelmente. É uma boa maneira de lembrar que ainda se está vivo. Entrar numa briga que você não pode ganhar. Não ganhei nada com aquela briga. A não ser a certeza de que eu ainda estava vivo. Se eu pudesse me lembrar, agora, neste momento, quem me deu essa surra dos diabos, mandaria-lhe um buquê de flores. Com um bilhetinho assim: Obrigado, seu safado, por me manter vivo, e acordado.
Demorei pra chegar em casa. E dormi como uma pedra. Na outra manhã. Eu era um outro homen.

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