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Sinos de igreja e buzinas. Não sei onde estou. Só sei que é alguma porra de cidade velha e fedida onde ela deve ter me convencido a levá-la. Alguma babaquice sobre a história importante da vila na inconfidência mineira ou algo que o valha. No buteco onde estou a cerveja é terrivelmente quente e não há cadeiras ou bancos. Bebe-se em pé, encostado no balcão. Eu não a vejo. Não sei onde ela está. Então pago e saio com pressa, pois se não estou aqui com ela eu devo ter ficado mesmo maluco. E então eu a vejo. Do outro lado da rua, numa daquelas praças rídiculas de cidades do interior. Ela está lá. Beijando outro homem.
Então eu acordo.
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