sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ela me lembra os dezesseis
quando eu era sonho e ilusão
hoje sou um pouco menos
e fumo um pouco mais

ela desliza suave
enquanto eu ando arrastado
a coluna meio torta de tanto dormir sentado
em pontos de ônibus
bancos de praça
cadeiras de bares

ela ainda tem meu antigo olhar
de quem espera pacientemente por dias melhores
ainda sonha
ela ainda não sabe de onde virá a encrenca

eu ouço Tom Waits como uma ansiedadde filha da puta
e arranho as paredes
bebendo Tokay
em busca de fuga

ela dorme serena
enquanto amaldiçôo meus fantasmas
e ainda me pregunto
como o velho Buk
"Meu Deus, até quando?"

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