sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Solicito uma linha de espera para lugar nenhum. Eu, Fernando, espero pacientemente que não hajam lágrimas. Sei da deserção em noites de angústia. Da fúria em horas de caos. Frequento abrigos lúgubres infectados com o mais doce tipo de morte. Visito incertezas. Sei da insônia antes da morte.
Opto por abandonar o navio. Desisto desse barco imundo nomeado sociedade. Abro mão de novas escolhas. Minhas liberdades. A lua nunca será digna de meus filhos. E o mundo não é limpo o suficiente. Homens demais nele. Loucura, solidão, derrota. A imperdoável sabedoria do ser. A incosistência. incoerência. A falibilidade do Homem. Do Monstro.
Ainda amo alguns cães vadios. E uma mulher. Mas nem isso é capaz de me dar alento. Apagaram a luz, no fim do túnel. E simplesmente ligaram o som. Tocando a pior música do mundo. O som de gatilhos em movimentação frenética. Prestem atenção. Vocês vão ouvir também. É a arma na sua cabeça. Aguardando. O fechar dos seus olhos.

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