Quando entrar o solo de gaita
é só meter o pé na estrada
Dançar confirme a música não faz o meu gênero
Saio pela noite vagando solitário
em busca de algo um pouco mais ácido
A chave para a auto-estrada no bolso esquerdo
Um drink com a morte no caminho
Solidão têm um quê de Fascínio
mas na real não é tão bonito assim
Fazer versos é mais um hábito
não existem muitas outras rotas de fuga
É mais fácil caminhar pelo lado errado da estrada
e nunca deixar uma porta aberta pra trás
Quando o solo de gaita começar
É só meter o pé na estrada
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
E com a ponta da mão. Apronta o soco. Não abaixa. Desguia, por via das. Dúvidas. Segue caindo. O soco preso. No páreo do ar. O soco que não foi. Soco. A alma caindo. Embaixo da calma. Da cama. Da sala. O ar a ponto de. Fuga. Fervura. Luxúria. E a puta. Onde está? Desviou do soco. Desguiou. Fugiu. Pagou pra ela. E ela nem chupou. A puta. Puta filha de uma puta. Essa puta. Deixou o ar com cheiro de. Lavanda. Amanda. Era esse o nome da puta. Não se lembra? Quis bater-lhe por ódio e medo. Ou seria por tédio e apego? Não. Era medo. Mas medo de quê? De amar. Gozar. Casar e não trepar. Uma vez puta sempre puta. Não podia dar-lhe casa. Comida. Roupa lavada. Seria corno de toda a putada. Pra toda a vizinhança enxerida. Metida. Fodida. E puta se regalaria. Não seria mais puta. Se tivesse acertado. O soco. O soco que nunca foi. Soco. Ele era coxo. Mambembe. E roto. Ela foi-se. Ele. Mal teve tempo. De preparar-se. Ela lhe havia deixado. Um presente. Uma calcinha usada. Meio litro de uísque. Um pouquinho de raiva. E a coragem. Pro formicida.
(Texto originalmente publicado em: http://diariodinossauro.blogspot.com/ )
(Texto originalmente publicado em: http://diariodinossauro.blogspot.com/ )
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Eu não sei lidar com a morte.
Acho mesmo que ninguém sabe.
Eu bebo e tento me lembrar de bons momentos.
É o melhor que posso fazer.
Não vou mais à velórios nem enterros.
O último que fui foi o da minha avó.
O pior dia da minha vida.
A morte é uma dama caprichosa.
Ela não aceita tributos pequenos.
Não pago os meus.
Talvez ela venha me buscar um dia.
Não pretendo mostrar respeito.
Vou cuspir na cara dela.
"Sua puta."
ps. Isso não é literatura. Eu sei.
*Ramones - I believe in Miracles*
Acho mesmo que ninguém sabe.
Eu bebo e tento me lembrar de bons momentos.
É o melhor que posso fazer.
Não vou mais à velórios nem enterros.
O último que fui foi o da minha avó.
O pior dia da minha vida.
A morte é uma dama caprichosa.
Ela não aceita tributos pequenos.
Não pago os meus.
Talvez ela venha me buscar um dia.
Não pretendo mostrar respeito.
Vou cuspir na cara dela.
"Sua puta."
ps. Isso não é literatura. Eu sei.
*Ramones - I believe in Miracles*
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