quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Altruísmo é uma palavrinha nojenta
e tenho frequentado-a com uma constância angustiante
tenho feito meu coração em pedaços por eles
e a invisibilidade de meus atos é torturante
Tenho feito de mim aquilo que nunca quis
(com cartão de ponto e sorriso no rosto)
e meus livros preferidos jazem na estante
e o gosto amargo de bile acompanha o sorriso forçado
as incertezas têm sabor de solidão
(e, acredite, nem todos os discos de blues do mundo podem aplacar a dor)
a redenção tem um preço muito alto
e eu não sei se posso pagar
a redenção, na verdade, fede a merda
e eu já não sinto o gosto de nada



*Edvaldo Santana - Chacina*

3 comentários:

  1. Pô Lei, desculpa a demora para responder. Tava tão loucamente ocupada (aliás, ainda estou) que fui postergando a resposta até hoje, quando to tomando uma pausa internáutica pra responder os amigos. Como você tá? Ficou sabendo do premio de literatura do estado? Vai participar?

    Aquele seu tio escritor é o Sérgio Fantini? Acho que eu vou fazer uma oficina de contos com ele! Sua mochila que o joão achou na rua tá aqui em casa até hoje haha. tenho que te devolver
    beijocas

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  2. obs - bons os poemas, como sempre. gosto muito. beijos

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  3. Caramba! não quis ter me identificado tanto com esse texto.

    Sensacional como os outros! Parabéns!
    (Mariana Antunes)

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