terça-feira, 13 de maio de 2008

Eles não sabem como é

eu nunca deixei que soubessem

Eles não sabem que choro quando leio uma história triste

Não sabem que fujo do mundo todo dentro de pedaços papel

Não sabem que a estrada, a solidão, o medo e a fuga são necessários mas quase

insuportáveis

a solidão, principalmente.

Eles nunca souberam das mortes

dos amores

e das noites em claro,

das noites de arrependimento em claro

Eles não sabem do resquício de esperança no fundo do copo

Do pôr do sol ao som d’Os Mutantes

Não sabem da verdade infinita de um cigarro pra aliviar a dor

Eles nunca souberam do medo da morte

do medo da solidão

E da certeza de que as escolhas acarretam conseqüências indevassáveis

Nunca souberam da inconsciência das escolhas

Nunca souberam dos impulsos de passar sobre uma ponte e ter a palavra SUICÍDIO gravando sua pele

O medo da morte é apenas um aperitivo que garante a vida

Cicatrizes de facas não mudam nada

A ferida

de verdade

Já existia a muito tempo




*Tom Waits - Hold On*

2 comentários:

  1. Olá Luiz, como vc está?!Como ta o pessoal ai? Sua mae?Irmãos?Tios?

    Vc recebeu o e-mail que te mandei falando do telefone lá de csa?
    Eu ando feliz, trabalhando muito numa agência de Publicidade, mas perdi(de novo) meu celular...

    Tem muito tempo que não vejo nada de novo por aqui, to achando que vc desistiu disso aqui, ne?!

    saudades!

    Nathalia Fantini

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  2. E ai rapaz!!!!

    Passando por mudañças pelo visto...bom só não deixe q a escuridão tome conta da sua juventude...

    Saudades das nossas conversas!

    Ruivosa
    (de novo)

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